Minha resposta foi um grande: não sei. Realmente não sei. Minha meta atual é tirar o que está no caminho que não é usado. Se eu ficar apenas com as coisas que eu realmente uso, já vou me sentir vitoriosa.
Parece obvio manter apenas aquilo que usamos, mas a verdade é que mesmo depois de inúmeras faxinas, ainda tenho tanta coisa que não uso. Outro dia abri a porta de um depósito que temos aqui em casa, com coisas que
Chorar por ver quanta coisa ainda está no meu caminho, só para atrapalhar. Chorar porque mesmo depois de tantas faxinas eu ainda não tive coragem de me livrar destes itens. Chorar porque meu elo emocional com cada coisa lá é maior que minha capacidade de desapegar.
Apesar de toda angústia que senti ao ver todas aquelas coisas, fechei os olhos e saí dali correndo. Fingi que não vi.
A verdade é que este processo de minimalisar não tem fim. As roupas que há três meses serviam na minha filha, agora não servem mais. E é difícil dizer tchau para roupas que ela usou por apenas tão pouco tempo. Ao mesmo tempo não é que eu esteja com outro bebê a caminho próximo, então as roupas precisam ir.
Comecei então separando as roupas manchadas, e bem pequenas que não servem mesmo. Tirar essas da gaveta foi fácil. Mas aí reparei nos vários vestidinhos que ela tem que não servem mais mas ainda estão com cara de novos... Fiquei com uma dor no coração. Sentei na cama e me perguntei se eu conhecia alguma pessoa grávida de menina... Me lembrei de duas amigas que tenho que ganham bebê este ano... Foi só eu pensar nelas que ficou muito fácil continuar a faxina. Aí não era mais "me livrar" das roupas, mas sim doar para alguém que gosto muito. O carinho que tenho por essas pessoas deixou o trabalho bem mais fácil e em pouco tempo eu já estava com a cama cheia de roupas para doar, mas dessa vez sem dor no coração.
No final foram embora duas sacolas grandes de roupa (nem eu acreditei!). E agora na gaveta estão apenas as roupas que realmente cabem nela.